O uso cada vez mais frequente das novas tecnologias mudou o comportamento dos consumidores e impactou diretamente nos negócios de turismo.
O viajante 4.0 usa o celular em todas as etapas da jornada de compra: desde a inspiração até a volta para casa. As empresas que utilizam tecnologias para conhecer seus clientes, ter presença online e oferecer boas experiências de compra e consumo, se destacam no mercado altamente competitivo.
Assim, é essencial acompanharmos as tendências globais do turismo, para planejarmos e tomarmos as melhores decisões para nossas empresas. Aqui seguem as principais tendências da indústria de viagens:
- Inteligência Artificial
Dentre as novas tecnologias, a Inteligência Artificial vem se difundindo mais rapidamente. Robôs auxiliam passageiros nos aeroportos e também exercem diversas tarefas operacionais nos hotéis e restaurantes da China e Japão.
Chatbots são usados frequentemente por hotéis, destinos, companhias aéreas, etc. E também observamos uso da biometria para agilizar embarques nos cruzeiros e aeroportos, assim como ônibus turístico autoguiado Finlândia.
- Realidade Virtual
A realidade virtual se adapta muito bem ao turismo, oferecendo uma experiência imersiva, onde o usuário pode ter uma “amostra grátis” do destino, hotel, passeio, evento, etc.
A VR tem sido explorada como entretenimento a bordo. A Iberia disponibiliza óculos na rota Madrid/Telaviv, e os passageiros acessam jogos interativos e conteúdos diversos sobre os destinos operados pela empresa.
- Big Data
Os dados estão aí e ganha competitividade quem fizer melhor uso deles. Na era em que as pessoas acham que tudo foi feito “para elas”, a personalização da oferta é fundamental para atrair, converter e surpreender clientes. Para isso, o uso de dados é chave.
- Uso da voz
O comando de voz para pesquisar e reservar hotéis é tido como a próxima grande disrupção na distribuição de hotéis. Já é possível reservar um hotel (e também restaurante) em dois minutos, por meio do Assistente do Google.
Estudos mostram quem em dois anos 50% das buscas utilizarão voz. Em termos de distribuição, isto significa grandes mudanças no jogo, influenciando diretamente OTAs, hotéis de rede e também os independentes.
- Experiências
Falamos da importância de oferecer experiências únicas há mais de 10 anos, mas no Brasil poucos avanços aconteceram. Além da oferta de experiências que marcam os turistas, é fundamental oferecer boas experiências de compra, ou seja, facilidades na palma da mão para que o cliente se encante com a marca e não mude para o site vizinho.
- Visual
Vivemos no mundo do excesso de informação e os conteúdos visuais ganham atenção dos usuários de sites e redes sociais. Um estudo da Schofields (2017) mostra que 40% dos millennials escolhem destinos, hotéis e restaurantes “Instagramáveis”. Eles optam pelos locais que farão suas redes sociais bombarem.
A Easyjet entendeu bem esse perfil do usuário e lançou em 2018 o aplicativo Look&Book. Ao navegar pelo Instagram, ele “printa” a foto do destino , coloca-a no aplicativo, que reconhece o lugar e já mostra as possibilidades de voo para compra. Simples assim!
- Detox Digital
Parece um contraponto, mas faz todo sentido. Com tanta tecnologia e conectividade, vamos precisar de momentos para nos desconectarmos da rotina. É mudar de FOMO (fear of missing out), motivo pelo qual acessamos redes sociais o tempo todo, para JOMO (joy of missing out), vontade de focarmos nas experiências analógicas. Na Espanha, 75% dos turistas de luxo afirmaram que gostariam de férias desconectadas.
As mudanças serão cada vez mais rápidas e precisamos acompanhá-las de perto. E uma boa forma de fazer isso é participando da WTM. Nos vemos em 2020!
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As opiniões expressas neste texto são do autor e não refletem, necessariamente, a posição da WTM Latin America.