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O poder da marca através da experiência em viagem de incentivo

Silvana Torres, AMPRO

Por definição, a viagem de incentivo ocorre quando um grupo de pessoas viaja para um destino preestabelecido, em baixa temporada e com direito a acompanhante. Além disso, o roteiro é desenvolvido especialmente para esse grupo.

Viagens de incentivo são preparadas sob medida. Escolhe-se os melhores hotéis, os restaurantes mais badalados, os passeios imperdíveis e os transfers exclusivos para o grupo. Até mesmo os cardápios devem ser pré-selecionados para evitar dificuldades com uma língua estrangeira, por exemplo. Esses diferenciais fazem com que os premiados se sintam reconhecidos como verdadeiros campeões.

Viagens de premiação podem se transformar em verdadeiras brand experiences ao redor do mundo. São marcadas por atividades inusitadas, momentos encantadores e muita emoção. Os melhores programas de incentivo são os que tocam a alma dos participantes. Isso se deve, em grande parte, às viagens.

Existem dois principais motivos para que as viagens sejam programadas para a baixa temporada. O primeiro é conseguir a melhor prestação de serviços em hotéis, companhias aéreas, restaurantes etc., pois com a baixa ocupação, tanto a equipe quanto a estrutura estarão plenamente dedicadas ao hóspede do grupo da viagem, o que propicia um melhor aproveitamento das atividades.

O segundo motivo é a considerável redução de custos na baixa temporada, fator ainda mais relevante quando se trata de um grupo numeroso de pessoas, o que garante maior poder de negociação junto a fornecedores e estabelecimentos contratados para a viagem.

Esse tipo de premiação é entregue aos participantes que se destacam ao final de um programa de incentivos, como forma de reconhecer as melhores performances no período. Pesquisas realizadas pela Society of Incentive Travel & Executives (SITE) – associação que agrega membros de todos os países – mostraram que a viagem de incentivo é o prêmio que deixa o maior residual de lembrança, chegando à marca de dez anos. Isso significa que, durante dez anos, o ganhador se lembrará de que ganhou aquela viagem para Cancun por causa da campanha da qual participou na empresa em que trabalhava.

Todavia, cuidado! Esse residual de lembrança também é válido para uma viagem de incentivo mal organizada. Aí, seu ganhador se lembrará negativamente de sua empresa por dez longos anos.

Uma viagem de incentivo não deve ultrapassar oito dias, pois os melhores profissionais da companhia estarão ausentes de seu trabalho. Lembre-se também de que esse período não deve ser descontado das férias desses profissionais, pois trata-se de um prêmio e não de férias pagas.

A presença dos acompanhantes é um ingrediente indispensável na premiação, pois são eles que dão todo o apoio durante a campanha para que os participantes se sintam encorajados a superar suas metas. Então, nada mais justo que compartilhar esses momentos que ficarão tão fortes em suas memórias.

A escolha do destino também é essencial, pois de nada adiantarão todos os cuidados se o local for incompatível com o perfil do público. A melhor maneira de estabelecer o destino é por meio de pesquisa, levantando o histórico de viagens já realizadas, bem como as expectativas dos participantes.

Uma viagem para a Disney, por exemplo, pode se transformar em um transtorno caso os vencedores não possuam passaporte, desconheçam o idioma e não tenham o hábito de frequentar restaurantes. Para esse perfil de participante, um destino mais apropriado talvez seja um superpesqueiro no Mato Grosso, com kit de pescaria, vara, anzóis, etc. O sucesso da viagem de incentivo depende de vários fatores, mas principalmente da realidade e dos sonhos de quem irá desfrutá-la.

Silvana Torres é Conselheira da AMPRO, founding partner da Agência Mark Up. Possui diversos prêmios de reconhecimento por suas campanhas de marketing de incentivo, dentre eles o Premio Caio.

As opiniões expressas neste texto são do autor e não refletem, necessariamente, a posição da WTM Latin America.

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