Próximo dia 27 de Setembro é a data em que celebramos o Dia Mundial do Turismo e podemos parar para analisar: quanta coisa tem mudado no setor ao longo dos últimos anos? Como profissional do Turismo já há algum tempo na estrada, tenho acompanhado as diversas transformações de uma indústria que, já dizia um grande amigo “é o negócio da felicidade”.
É uma das frases mais assertivas em relação ao setor: o Turismo é feito para ser consumido com sorrisos. Não é à toa que é um dos negócios que mais cresce no mundo inteiro; no ano 2000, por exemplo, foram ao todo 677 milhões de visitantes internacionais e em 2016, este número cresceu para 1,2 bilhão de turistas descobrindo os diversos cantos do globo (UNWTO).
Economicamente, temos uma indústria voluptuosamente ativa (e, em diversos casos, salvadora!): movimentou US$ 7,6 trilhões em todo o mundo em 2016 (WTTC, 2017), quando, em 2000 este volume era de US$ 450 bilhões. Os valores gastos por turistas em procedimentos de viagens no ano passado representaram 6,6% do número total de exportações no planeta.
Além disso, a indústria de viagens e turismo apoiou um total de 292 milhões de empregos em 2016. O que significa dizer que 1 em cada 10 empregos está associado ao setor. O Turismo é responsável por 10,2% do PIB mundial.
Por que é importante lembrar, constantemente, a relevância desse setor? Para que o Turismo não seja visto apenas como um apanhado de cifras no balanço do fim do ano. O Turismo é feito essencialmente e deve se destinar prioritariamente a pessoas. Por trás de todo balanço econômico estão as pessoas que desembarcam a um destino e aquelas que já fazem parte dele.
“A indústria da felicidade”. O Turismo não apenas se associa a quase todas as outras atividades de mercado -ele está tão fortemente entrelaçado a outras diversas esferas: social, cultural, ambiental, que podemos aplicá-lo a qualquer termo relacionado e ainda assim teremos sucesso na afirmação.
A indústria da paz.
A indústria da tolerância.
A indústria do desenvolvimento.
É a indústria universal. É preciso enxergar muito além dos destinos e suas visitas. Num ano de travessias econômicas difíceis, relações internacionais cambaleantes, de políticas irresolutas e vigentes ameaças, o Turismo nos ensina a abraçar o novo e respeitar o que já existe e nos lembra que não há nada neste ano de 2017 pelo qual o setor ainda não tenha atravessado com o êxito evidenciado no seu crescimento ao longo das décadas.
Turismo se consome com sorrisos e se faz sorrindo também. Uma coisa não muda: viajar permanece sendo uma das principais atividades de lazer no mundo todo. Vida longa ao Turismo!
As opiniões expressas neste texto são do autor e não refletem, necessariamente, a posição da WTM Latin America.