Todos sabemos que a indústria de viagens foi fortemente impactada pela Covid-19. Vivemos o cenário VUCA (Vulnerável, Incerto, Complexo e Ambíguo), que acelerou a transformação digital que já vinha em curso, em diversos setores da economia.
Em questão de dias, tivemos que nos adaptar à educação online, ao trabalho remoto, à comunicação e convívio restritos às ferramentas digitais… O mundo todo acelerou e não nos restou outra alternativa que responder à crise com agilidade e criatividade.
O viajante 4.0, que já utilizava o mundo digital em todas as etapas da jornada de compra antes da pandemia, está ainda mais conectado, digitalizado e exigente. Ele também está mais inseguro, tende a evitar aglomerações, apoia marcas que têm política de responsabilidade e valoriza os pequenos negócios.
Portanto, por um lado temos um cliente mais empoderado e ainda mais exigente, e por outro maior competitividade entre destinos e empresas turísticas. Neste contexto, a Inovação é a melhor (ou a única) saída para superar as dificuldades desse momento.
As novas tecnologias assumem, portanto, papel ainda mais relevante nesse “novo turismo”, quase que são decisivas para o sucesso dos negócios turísticos.
Existem inúmeras razões para apostar nas novas tecnologias como fator diferencial na indústria de viagens. A seguir, elenco cinco motivos para investir em tecnologia nas empresas de turismo.
- Proporcionar viagens mais seguras: o viajante pós covid exige maior segurança ao longo da viagem. A tecnologia pode ajudar em várias situações, desde as mais simples, como no controle de capacidade de carga de atrações, lojas, etc., a robôs que entregam serviço de quarto, minimizando contato físico e passaporte sanitário digital, baseado na tecnologia blockchain.
- Melhorar as decisões: o uso de dados é extremamente estratégico para empresas e destinos turísticos, tanto na tomada de decisão, como na gestão dos processos. Decisões embasadas nos dados são mais objetivas e mais propensas ao sucesso.
Neste momento, pode-se utilizar os dados para identificar os diferentes pontos de virada de acordo com o mercado de origem e tipo de viajante; personalizar a comunicação; criar sistema de inteligência turística para gerenciar a crise e prever futuro; etc.
- Melhorar a experiência do usuário (User Experience – UX): o viajante navega pelo mundo digital confortavelmente e não tem paciência com plataformas e sites que não são amigáveis ou lentos. Da mesma forma, não quer esperar horas para ser atendido ou receber resposta da sua solicitação.
É importante que as empresas apostem na experiência do usuário, proporcionando mais conforto e agilidade para os seus clientes. Neste pacote, estamos falando de sites inteligentes, vendas online, uso de chatbot para atendimento, uso de voz para buscas no Google, dentre outros.
O sucesso da marca está cada vez mais relacionado com a experiência digital que a empresa oferece ao cliente!
- Aprimorar os serviços: diversas tecnologias vêm sendo utilizada na indústria de viagens para melhorar a experiência do viajante, tais como ônibus turístico autoguiado, Realidade Virtual, Realidade Aumentada, etc.
Agora, os clientes vão exigir mais comodidades e segurança durante sua viagem. Estamos falando de chaves eletrônicas de apartamentos e controle energético que funcionam pelo celular, check in e check out automático nos hotéis, uso dos dados pessoais para customização dos serviços, etc. Todas as tecnologias que reduzem a fricção e melhoram a experiência ao longo da viagem são super bem vindas!
- Melhorar a comunicação: o marketing digital nunca foi tão importante. Estamos todos atentos às ações das nossas marcas favoritas no mundo digital. Portanto, manter a sua audiência informada durante a pandemia é fundamental para gerar vendas no momento da recuperação do turismo.
É fundamental apostar na comunicação assertiva, usando promoções, vídeos e campanhas que passem segurança ao viajante, mostrando que o destino e as empresas estão adaptados, renovados e prontos para receberem os turistas.
A transformação digital no turismo não tem volta. Sai vitorioso aquele que conseguir entender o cenário e enxergar as novas oportunidades. A máxima de Darwin “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”, nunca foi tão apropriada. Bem vindo ao “novo turismo”!
As opiniões expressas neste texto são do autor e não refletem, necessariamente, a posição da WTM Latin America.