*Por Carolina Negri (Diretora Executiva do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas)
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o SINDEPAT, Sistema Integrado de Parques e Atrações, em parceria com outras associações do setor, participou ativamente de uma série de encaminhamentos de pleitos que buscavam por medidas pautadas, no primeiro momento da crise, em ajuda do Governo Federal para manutenção dos empregos e financeiro, permitindo assim a sobrevivência das empresas durante o período em que permaneceriam fechadas.
Além disso, o SINDEPAT uniu-se à ADIBRA, outra associação do setor, na elaboração dos protocolos de segurança a serem implementados em todas as operações Brasil afora, com parâmetros da IAAPA, entidade internacional do setor. Estes protocolos contribuíram na criação do selo Turismo Responsável, no segmento de Parques Temáticos, do Ministério do Turismo, e estimulamos nossos associados a aderirem ao selo, bem como a outras chancelas de segurança, como o selo do World Travel & Tourism Council (WTTC).
Muitos dos parques temáticos, aquáticos e das atrações turísticas brasileiras já estão abertos, seguindo as determinações das autoridades estaduais e municipais e todos os novos protocolos de segurança sanitária. As reaberturas nos mostram que a retomada será lenta e gradual, como podemos observar em muitos outros setores da economia, apesar de estudos apontarem para uma forte demanda reprimida por atividades de lazer e viagens, especialmente no âmbito doméstico.
Nesse sentido, nosso setor mostra-se preparado para as reaberturas. Somos um segmento que antes da pandemia já tinha em seu DNA uma rotina de “check-lists” como rotina de processo operacional diário. O que passamos a vivenciar foi uma série de inclusões à estas listas, com os itens dos novos protocolos. Houve tempo para treinar os profissionais que trabalham nos parques e atrações e, principalmente, comunicar aos visitantes as novas regras para uma visita segura. É sempre importante ressaltar que a visita segura é uma responsabilidade dupla: do parque, da atração, e do visitante. O uso de máscaras é obrigatório, por exemplo, mas a sua correta utilização, higienização e substituição é dever do visitante.
O feriado nacional de 7 de setembro comprovou a existência de uma demanda reprimida por lazer e turismo. Praias e estradas cheias mostraram isso. Embora os ambientes ao ar livre sejam os mais procurados, o controle do fluxo de pessoas é mais difícil nesses espaços, como são as praias e grandes avenidas. Por outro lado, nossos parques e atrativos turísticos controlam o número de visitantes, verificam a temperatura de cada um deles e incluíram processos de desinfecção de brinquedos, no caso dos parques temáticos, por exemplo, a cada giro. Há dispensers de álcool em gel pelas principais áreas de concentração de visitantes, bem como marcação nas filas, para respeitar o distanciamento.
Nosso setor também tem na tecnologia uma grande aliada. Ela sempre acompanhou o desenvolvimento da indústria de parques e atrações, mas, com a pandemia, vivemos a aceleração do uso de novas ferramentas. Os aplicativos de filas e cardápios virtuais e pulseiras para check-in, check-out e consumo, também já são realidade. A venda dos ingressos também ocorre digitalmente, eliminando as aglomerações nas entradas dos parques e atrações, mesmo porque muitas delas passam a contar com agendamento para as visitas, e os meios de pagamento também dispensam cada vez mais o uso do dinheiro físico. O protocolo na íntegra do setor pode ser acessado aqui.
Estamos preparados para a retomada, com muito respeito e cuidado com a saúde pública. Nossa missão é criar emoções e gerar experiências que resultem em sorrisos nos rostos de adultos e crianças. Sempre considerando a segurança de colaboradores e visitantes como fator essencial e intrínseco a todas as operações. Não seria diferente agora.
As opiniões expressas neste texto são do autor e não refletem, necessariamente, a posição da WTM Latin America.