A medida que a tecnologia avança e o comportamento dos viajantes muda, toda a cadeia produtiva do turismo se reinventa.
E a confiança do consumidor aumentando em relação à tecnologia, suas expectativas de viagem também crescem.
Atualmente, mais importante do que para onde as pessoas estão indo, é como elas estão pesquisando e comprando suas viagens.
TripAdvisor e Phocuswright concordam que 9 entre 10 viajantes entendem a importância dos comentários online, e 95% confiam da veracidade dos mesmos.
A própria hotelaria independente ganhou força com as tecnologias disponíveis, mesmo mediante as consolidações das marcas globais.
Já a hotelaria em geral enfrenta o desafio nada fácil de selecionar e implementar tecnologias que melhor atendam as necessidades dos seus hóspedes, ao mesmo tempo que equilibram conveniência com privacidade e segurança
A tecnologia infiltrada na experiência de viagem não será mais novidade, mas todo o cuidado será pouco para a indústria não perder seu toque humano. Como diz Matthew Upchurch, CEO da Virtuoso Travel, “Automatize o previsível. Humanize o excepcional.”
E o mundo continuará mudando. A indústria, já mais habituada ao Airbnb, o verá como ameaça, e como aliado, pois ao mesmo tempo que a plataforma atrai negócios dos hotéis, abre as mentes para tipos alternativos de hospitalidade.
Portanto, é preciso estar preparado para os novos prédios do Airbnb assim como para o quarto ‘Internet of Things’ da Marriott, e o ‘Teched-out Room’ da Hilton.
Mas será que a indústria de turismo está mesmo preparada a Realidade Virtual?
Ela se tornará mais poderosa e mais acessível a partir de 2018, onde viajantes ‘de sofá’ poderão se sentir imersos em um destino exótico.
Os pacotes mais avançados poderão sincronizar a tecnologia de uma casa inteligente com a experiência virtual, ajustando a temperatura ao ‘clima do destino’, e fornecendo complementos sensoriais como velas perfumadas e entregas de refeições de acordo com a cultura local. Thomas Cook e Marriott já estão usando Realidade Virtual para atrair clientes, e conscientes que o desenvolvimento de streaming ao vivo e vídeos de 360º permitem que amigos e seguidores de seus clientes possam se conectar com sua jornada digitalmente.
E isso não é tudo, pois o acessório de viagem mais irritante até o momento, os paus de selfie, darão lugar aos drones. Mas a invasão desses indiscretos objetos voadores estão criando polêmica. Questões como rotas de aviões, vida selvagem e segurança nacional devem segurar a mania por algum tempo, seguindo o exemplo de NYC, que já proibiu o uso de drones próximo à Estátua da Liberdade.
Por fim, será impossíve ignorar a inteligência artificial. Não há dúvida que os computadores podem armazenar uma grande variedade de dados e até imitar o comportamento humano, como no papel de chatbots.
Mas a Amadeus já foi além, prevendo o futuro da elaboração de ofertas turísticas, unindo:
- Coleta de dados relevantes e assertivos.
- Identificando padrões
- Construindo roteiros minuciosamente customizados.
Em geral, a AI (artificial intelligence) é uma das tendências mais importantes do turismo, mas a mudança de mindset dos executivos e profissionais da indústria é que revelará a velocidade com que essas mudanças acontecerão.
As opiniões expressas neste texto são do autor e não refletem, necessariamente, a posição da WTM Latin America.