Devido a seu efeito multiplicador, o turismo gera benefícios econômicos e sociais que ajudam a impulsionar a economia de um destino, o que o torna uma importante fonte de renda para muitos países. No entanto, o turismo também causa impactos negativos que afetam diretamente os recursos naturais e culturais. O sinal de alerta fez com que organismos internacionais realizassem diversas reuniões de cúpula, conferências e acordos (Rio +20, Declaração da Cidade do Cabo, etc.). A situação também fez com que diversos setores assumissem um posicionamento ativo, reconhecendo a importância de reduzir e mitigar os impactos negativos de suas atividades, além de incluir a sustentabilidade como estratégia para a conservação de recursos naturais em benefício das gerações futuras. Tais preocupações, somadas às iniciativas da ONU para estabelecer as bases de um desenvolvimento sustentável da economia, que se concretizaram este ano, levaram à declaração oficial do Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento. O ano de 2017 será uma oportunidade para que o Segmento de Viagens e Turismo contribua para a geração de uma consciência sustentável e promova uma colaboração eficaz entre diferentes setores, baseando-se no paradigma da sustentabilidade, ou seja, levando em conta os efeitos econômicos, ambientais e sociais causados por suas atividades.
O Setor de Viagens e Turismo é um dos principais geradores de emprego e de atividade econômica, ligado a 10% dos postos de trabalho em todo o mundo (WTTC) e responsável por 10% do PIB mundial (Tourism4development), ou cerca de US$ 1 trilhão (PNUMA). Além disso, o turismo contribui para a geração de divisas, especialmente nos países receptores. Ele é um dos setores de maior crescimento em todo o mundo, indo de 25 milhões de desembarques internacionais em 1950 para 806 milhões em 2005, com uma taxa média anual de crescimento de 6.5% (PNUMA). As projeções indicam que o ritmo continuará em expansão, chegando a 1.6 bilhões de desembarques internacionais em 2020 e 2.6 bilhões em 2050 (OMT – Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas).
O Chile acompanha a crescente tendência global, com um registro histórico de 5.6 milhões de turistas no país em 2016, sendo que metade deles chegou de avião. Cabe ressaltar que o transporte aéreo é responsável pela produção de CO2, um dos maiores responsáveis pelas mudanças climáticas. Também é preciso ter em mente que a proteção dos ecossistemas é um requisito indispensável para a manutenção dos mesmos ao longo do tempo, o que é essencial para o Chile, já que seu patrimônio natural é um dos maiores atrativos para que turistas visitem o país. Conscientes dos desafios planetários que surgem neste século, por meio da FEDETUR almejamos ser participantes significativos na divulgação de informações e práticas sustentáveis. Apoiamos, por exemplo, o desenvolvimento do Selo S, uma iniciativa para reconhecer as empresas que zelam pela sustentabilidade. Ademais, queremos aderir ativamente à promoção dos valores do ano #IYST2017. Com tal propósito, realizaremos um evento no dia 22 de março com a presença de diversas organizações sustentáveis que representam as cinco áreas promovidas pelo #IYST2017. São empresas e organizações que já ganharam prêmios da FEDETUR ou que se destacam nos campos da preservação ambiental, inclusão social e/ou comércio justo, como a Fundación Artesanías Chile e a Smatrip, entre outras. A ideia é que a criação de consciência ocorra a partir do setor privado, difundindo as boas práticas com exemplos concretos de empresas que atualmente lideram a transformação produtiva sob a ótica da sustentabilidade. Para obter mais informações sobre o evento, clique neste link.